Novela "Gabriela, cravo e canela"

21-12-2012 15:41

 

Numa primeira parte deste colóquio descreveu-se quais as consequências e mudanças que a novela Gabriela teve na sociedade. Esta foi uma obra publicada em 1958, portanto no século XX e escrita por Jorge Amado. Gabriela, anteriormente interpretada na novela por Sónia Fraga, mas hoje em dia interpretada por Juliana Paes, vem da “terra vermelha que reflecte o sol escaldante do sertão nordestino”. Com cheiro de cravo e cor de canela (como é descrita por Jorge Amado na sua obra), o seu corpo parece esculpido pela perfeição. É uma mulher incrivelmente bela e fogosa que pretende representar não só a sensualidade que lhe é natural mas uma certa e doce inocência transmitida pelo toque da beleza da vida, onde vive paixões, desgostos, encontros e desencontros.

Na altura em que esta história de amor se passa a mulher era representada como um ser com falta de autonomia e falta de poder para mandar na sua vida, o próprio destino era traçado pelo pai, que era a pessoa que mais autoridade detinha dentro da família. Mas Gabriela não é assim, não é como as mulheres têm de ser, é alheia a todos os costumes e premissas que se relacionam com o seu estatuto dentro de uma sociedade completamente conservadora. Ela prova, e põe tudo à prova: o desejo, o amor, o preconceito, a traição, o ódio, o rancor, o perdão, todas as sensações que existem ela anseia experimentar porque de facto só é feliz quem não impõe barreiras a si próprio, seja homem ou mulher, e é esta uma das principais mensagens que se pretendem mostrar com esta telenovela.

 

Clara Nunes

Hoje podemos assitir a esta novela na televisão portuguesa no canal SIC

 


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